06/09/2017

Respondendo às perguntas mais frequentes dos pacientes...

Reparei que as pessoas que chegam até mim no consultório, na maioria das vezes, têm uma coisa em comum: muitas dúvidas. Essas dúvidas podem ser sobre si mesmos, sobre a psicologia ou, simplesmente, como funciona a psicoterapia... Umas vão lá e pesquisam na internet, outras perguntam a amigos ou parentes, algumas deixam para tirar as dúvidas comigo ou então (e isso acontece demais) ficam com vergonha de perguntar, por medo de estar perguntando uma bobagem ou até ofender a psicóloga (eu J). E aí eu resolvi responder algumas dessas perguntas. Esclareço que estas são minhas respostas pessoais. Trabalho com a abordagem Cognitivo-Comportamental e isto, é claro, influenciou, portanto eu peço para não generalizar. De repente outros (as) psicólogos (as) responderiam de forma diferente a estas mesmas perguntas...  

As dúvidas mais frequentes são:

Quanto tempo dura cada sessão?
R: Na abordagem Cognitivo-Comportamental, aproximadamente 50 minutos.

Qual a periodicidade?
R: A princípio as sessões são semanais. Se houver necessidade podem ser até duas vezes por semana... Em outras vezes podem ser quinzenais ou até mensais. Cada caso é único e deve ser entendido assim.

Terapia custa caro?
R: Existem vários tipos de custo: o custo emocional, o seu tempo, financeiro...  Quando a pessoa faz terapia ela está investindo em seu bem-estar emocional, em seus relacionamentos, em seu futuro... Somente quem pode decidir se investir em terapia é caro ou não, é você.




Vou ter que deitar no divã?
R: A terapia Cognitivo-Comportamental não usa divã. Sinto muito. J

Qual a melhor abordagem para mim?
R: Somente você poderá determinar isso. Você pode experimentar várias abordagens e consultar quantos psicólogos julgar necessário até decidir com qual profissional vai engajar num tratamento. O principal é você se sentir à vontade para participar da terapia.  

Será que ela vai achar que o que eu estou perguntando é bobagem?
R: Nada do que você me perguntar vai ser encarado como bobagem por mim.

E se eu ofender ou escandalizar a psicóloga de alguma forma?
R: Embora isto não seja fácil de acontecer, não posso dizer que não vou me ofender (ou escandalizar) de forma alguma, afinal sou humana. No entanto, se o que você me disser for ofensivo (ou escandaloso para mim) em algum grau, nós vamos conversar sobre isso para esclarecer qual foi a sua intenção e como isso me afetou...  Se você age assim no seu cotidiano e como isso afeta as demais pessoas ao seu redor... E por aí vai...

E se eu não tiver (ou não souber) o que falar?
R: Ninguém melhor do que você para falar sobre você. Além disso a psicóloga estará lá para ajudá-lo (a).

Quem precisa fazer terapia?
R: Todos. J  Qualquer pessoa em algum momento pode sentir a necessidade consultar um psicólogo. A pessoa pode estar com dificuldade em lidar com determinada situação de sua vida ou perceber que suas crenças são desadaptativas, ou seja, não estão funcionando para a manutenção do seu bem-estar. E há aquelas que percebem que o seu mal-estar psicológico está atrapalhando seu funcionamento pessoal, profissional e/ou social: são os transtornos mentais, que podem existir em qualquer de nós que temos mente... 

Posso mandar o meu marido (esposa, mãe, pai, irmão...) para o psicólogo?
R: Poder, pode. Mas saiba que o tratamento psicológico só funciona com a aderência pelo paciente, ou seja: a pessoa tem que querer fazer terapia. Senão é perda de tempo. Se você sentir esse impulso e a pessoa não concordar, minha sugestão é que você procure uma terapia, para aprender a lidar melhor com ele/ela. J

Será que terapia funciona mesmo?
R: Existem estudos científicos comprovando a eficácia da Terapia Cognitivo-Comportamental em vários casos. A cooperação entre a psicóloga e o paciente para alcançar o objetivo da terapia é essencial. Em suma, o paciente é chave fundamental para que a terapia funcione. Sua participação ativa durante as sessões, e no intervalo entre elas, propiciará uma resposta mais eficaz ao tratamento. Afinal, as técnicas são importantes, mas os serem humanos é que fazem a diferença em qualquer abordagem psicológica... 

Psicólogo (a) receita remédio?
R: Não. A legislação brasileira determina que apenas médicos podem receitar medicamentos. Caso necessário, eu encaminho meus pacientes a um psiquiatra para diagnóstico e medicação.

Em quanto tempo eu vou ficar bom (boa)?
R: Não sei. Você é uma pessoa única, que possui sua personalidade própria, necessidades, desejos e uma forma de ver o mundo e responder a ele que é só sua. 
Embora existam estudos que demonstrem o tempo “ideal” para a resolução de certos problemas psicológicos, cada pessoa responde forma diferente à terapia. Sem contar que muitas vezes o problema que leva a pessoa a procurar a terapia é só a ponta do iceberg, um sintoma. Quando a gente começa a olhar com mais atenção descobrimos que há muito mais a ser trabalhado...

Sei que essas são apenas algumas das dúvidas que passam pela cabeça de quem tem a coragem de procurar um psicólogo. Se precisar saber mais alguma coisa, fale comigo. Me ligue. Mande um e-mail ou uma mensagem, pergunte no comentário do post, se preferir... Como dizia o comediante: “Perguntar não ofende”.
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