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23/06/2020

Você precisa fazer terapia?


(Alguns Mitos sobre o Tratamento Psicológico)

Há momentos na vida que nos sentimos incapazes de lidar com nossos problemas sozinhos.

Todos nós temos problemas. E aprendemos a lidar com eles desde crianças, cada um do seu jeito, da forma que é mais confortável para nós. Acontece que, às vezes parece que os problemas são grandes demais, sufocantes, insolúveis e além das nossas forças. E é nessas horas que entra o profissional treinado, habilitado para ajudá-lo a entender e buscar dentro de você uma força e capacidade que, muitas vezes, você nem sabia que tinha, mas que está lá, esperando o momento certo para ser usada em seu próprio benefício.

Há quem pense que os psicólogos e psiquiatras estão aqui apenas para cuidar daqueles que têm problemas psicológicos graves, diagnosticados como mentais. Seriam aquelas pessoas que as pessoas chamam no senso comum de loucos (ou malucos). Mas isso é uma inverdade. Este é um dos muitos mitos em relação ao tratamento psicológico que prejudica todos nós.

Outro mito é de que o paciente tem que passar muitos anos fazendo terapia para conseguir algum progresso na sua saúde mental. A realidade, comprovada cientificamente, é de que a Terapia Cognitivo Comportamental funciona em diversos casos, em poucas sessões. Cada caso é um caso e o tratamento vai depender não apenas no psicólogo e da abordagem que utiliza, como também de toda a conjuntura da realidade (física e mental) do paciente.

Algumas vezes a realidade muda tão rápido que temos dificuldade em nos adaptar: pode ser o término de um relacionamento, ser despedido do emprego, uma doença grave ou morte na família, ou mesmo uma pandemia, como a do Corona Vírus... A Terapia não vai mudar essa realidade (mito), mas pode ajudar você a entender essa nova realidade e aprender a lidar com ela.

Acontece algumas vezes de você ter um problema fisiológico, uma doença recorrente, que você até consegue manejar, mas que sempre volta quando se aborrece, fica com raiva ou até quando fica muito feliz. E você recusa-se a admitir que uma coisa está conectada à outra, pois tem medo de parecer “ “maluco”. Este é um outro mito: de que nosso corpo físico e nosso “ser” psicológico estariam separados por alguma força invisível. A verdade é que somos uma coisa só. Físico e psicológico estão indelevelmente unidos desde que nascemos. O que acontece na nossa mente afeta nosso corpo e vice-versa, o tempo todo. De todas as formas possíveis e imagináveis. E a terapia pode ajudar você a detectar, entender e usar este conhecimento a seu favor.

Outro mito recorrente é de que, ao saber o porquê de eu agir ou sentir de determinada maneira automaticamente o desconforto sumiria. Não some. A gente não sofre por causa da

situação, mas sim em decorrência da interpretação que fazemos dela. Portanto, não basta saber o que aconteceu para fazê-lo sentir-se mais confortável. É necessário entender como você chegou ali, por que você “escolheu” (não é uma escolha consciente, ok?) sentir-se assim, quais os ganhos você tem com esses sentimentos e o que você ganharia ou perderia abrindo mão dessa crença. Aí, sim, conscientemente, você vai escolher como pensar e se sentir a respeito daquela situação.

Claro que existem diversos outros motivos para procurar um psicólogo.  Vários problemas psicológicos, vários transtornos e desconfortos. Cada um de nós tem o seu, não é mesmo? E assim como cada pessoa é diferente da outra, cada problema, por mais catalogado, estudado e listado que seja, vai ser diferente do outro. Somos únicos. Por isso precisamos de profissionais que nos vejam e nos tratem como tal. Parece complicado? Às vezes é, outras nem tanto... Um bom psicólogo pode ajudar. Entre em contato. J


19/07/2016

Qual o trabalho de um (a) psicólogo (a)? Onde ele (a) pode trabalhar? Quem fiscaliza o seu trabalho?



Quando conversamos com as pessoas sobre o que é ser psicólogo todos lembram logo do psicólogo clínico. Que é aquele que aparece mais nos filmes, livros e novelas... Mas o psicólogo pode atuar também nas empresas, escolas, no esporte, no setor jurídico e em várias outros lugares. Na área da Saúde, fazemos atendimento terapêutico nos mais diferentes contextos, realizando diagnóstico psicológico nas Unidades Básicas de Saúde, atuando em ambulatórios, hospitais e, claro, na clínica psicológica. O ideal seria que trabalhássemos com equipes multidisciplinares, mais buscando a prevenção do que o tratamento das formas já instaladas de problemas psicológicos. Para tanto seria desejável que implementássemos mais programas de pesquisa, treinamento e desenvolvimento de políticas de saúde mental* e participássemos da sua elaboração, coordenação,
implementação e supervisão, tanto em nível de macro quanto de microssistema. É aí que os Conselhos Regionais de Psicologia buscam atuar, junto às comunidades e às autoridades, para que este ideal se concretize em realidade... E, claro, na fiscalização do trabalho dos psicólogos. É no CRP que você pode reclamar ou tirar alguma dúvida sobre os procedimentos realizados pelo (a) seu (sua) psicólogo (a). Todo Psicólogo deve ser registrado junto ao Conselho Regional da sua área de atuação (os CRPs).

A atuação na clínica


A maioria dos psicólogos, notadamente, atua em consultório, no atendimento clínico ao paciente. Independente a abordagem que adote (Freudiana, Junguiana, Cognitiva, Comportamental, Gestalt ou Humanista), deve ficar claro que psicólogo não faz aconselhamento. Ele não dá comandos ao paciente sobre o que fazer ou não. Na clínica a sua escuta será acolhedora, procurando encontrar um sentido no que é dito verbalmente e no que não é dito, mas expresso inconscientemente pelo paciente e que lhe traz sofrimento. Através da análise destes dados, fornecidos pelo paciente, o psicólogo irá se utilizar das técnicas inerentes à sua linha de trabalho para ajudá-lo a encontrar dentro si mesmo as respostas que necessita. O objetivo de toda boa terapia é que chegue o dia em que o paciente consiga ser seu próprio terapeuta e consiga essas respostas sem a ajuda do psicólogo.


A atuação do CFP e o Código de Ética

Para orientar o trabalho do Psicólogo o CFP (Conselho Federal de Psicologia)
instituiu um Código de Ética profissional. Nele há referências, por exemplo, à fala do psicólogo com relação à comunicação de resultados de prestação de serviços, contratos com o usuário, posicionamento crítico profissional e, inclusive, com relação aos responsáveis legais de clientes incapazes ou parcialmente incapazes (crianças, adolescentes, interditos...) e o destino de seus arquivos confidenciais.
Referente à fala e escuta do profissional na clínica é bom destacar alguns trechos específicos: Consta que é vedado ao psicólogo **“Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais”. Ou seja, os valores e crenças do cliente, de qualquer ordem, têm que ser respeitados e considerados como prioridade na prática clínica. Isto não significa concordar com tudo. É possível, sim, auxiliar a pessoa sobre as consequências sociais de suas crenças e atos, mas nunca tentar “convertê-la” a pensar ou agir de acordo com as convicções do psicólogo ou do que ele acha como correto.
Além disso o Código de Ética também preconiza que o psicólogo não poderá **“induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços”, o que significa que ele não deve, em sua prática clínica, prometer determinado resultado ou oferecer brindes ou descontos para convencer o cliente a fazer terapia com ele. O profissional não pode, por exemplo, oferecer um desconto no preço da consulta do paciente atual, por cada cliente novo que ele lhe indicar, ou então, prometer que “a sua terapia” vai curar a depressão do cliente em 10 ou 12 sessões.
O psicólogo também não pode **“estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos do serviço prestado”, com o que entendemos que o profissional deve sempre atentar, não apenas à sua fala, como também na sua conduta geral, para o bem-estar do cliente. A fala do psicólogo é aquela que tem por finalidade proteger e zelar pela pessoa atendida, seja quando se dirigir a ela ou a qualquer pessoa a ela ligada. E fica patente esta característica de priorização do cliente na fala do psicólogo quando o Código de Ética diz, no que **“é dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações a que tenha acesso no exercício profissional. ” Sendo assim, o psicólogo só poderá falar do atendimento ao seu cliente com outra pessoa se for imprescindível para manter o bem-estar de seu cliente e somente aquilo que for estritamente necessário.

O respeito ao paciente, antes de tudo


  A psicologia é uma ciência que está sempre se atualizando e evoluindo, já que o seu objeto*** (o ser humano) possui, por definição, infinitas nuances e possibilidades. Então o (a) psicólogo (a), além de respeitar o Código de Ética e as definições do CFP, tem por obrigação a constante atualização sobre estudos e técnicas cientificamente comprovadas.
Mas além de qualquer coisa, o (a) psicólogo (a) que respeita o seu paciente, leva em conta o que disse Jung: Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.Afinal, a escuta e a fala do (a) profissional de psicologia (não apenas) na clínica deve estar plena de consciência e intencionalidade, visando que suas intervenções sejam sempre no sentido de que o cliente adquira sua autonomia psíquica e consequente bem-estar.




*RESOLUÇÃO CFP Nº 02/01
***A grosso modo falando, sem pretensões de definição científica.

Texto redigido pelas psicólogas Edith V C Andrade (CRP 05/49017) e Norma Suely Bezerra (CRP 05/49045).



15/11/2015

Não deixe a ansiedade atrapalhar sua prova

conhecimento sobre a memória para estudar melhor

Para obter boas notas em qualquer prova temos que tirar proveito dos conhecimentos adquiridos pelos estudiosos da memória que dizem que existem 3 fases no funcionamento do processo da memória: fixação, retenção e evocação. Daí:

Participe da aula
Está comprovado, cientificamente, que você guarda melhor na memória aquilo que envolve emoção.  E quando você participa, de uma forma ou de outra, você vai estar se envolvendo emocionalmente. Converse depois com seus amigos sobre os assuntos sobre os quais está estudando. Assim se lembrará mais facilmente do que foi tratado na aula, pois você estará facilitando a fixação do assunto.

Utilize todos os seus sentidos
Ouça com atenção, leia em voz alta. Preste atenção nos gestos do professor ou procure figuras na internet relacionadas ao assunto.A fixação na memória não ocorre apenas de forma auditiva e visual, ela é também cinestésica, ou seja, vai passar pelo ato de escrever, pela sensação que escrever proporciona. Você pode anotar durante a aula ou quando estiver lendo a matéria em um livro. Fica mais fácil evocar o que foi estudado se você gravar o assunto na memória de diversas formas.

Leia e pesquise sobre suas dúvidas
A internet é uma excelente fonte de informação. Procure aprender um pouco mais do que está em seus livros. Atualize-se sobre os assuntos estudados.

Reveja a matéria da aula
A curva da memória começa a declinar após o segundo dia em que o assunto é estudado. Portanto, tente rever o assunto da aula (ou da matéria que você leu) dentro de no máximo 24 horas. Guardar de meia hora a uma hora por dia para rever o que foi estudado no dia anterior é o suficiente. Assim a retenção será melhor.

não deixe a ansiedade atrapalhar sua prova

Procure relaxar na hora da prova
Se você estiver tomado pela ansiedade na hora da prova o mais provável é que lhe dê o famoso "branco". O processamento das informações pelo sistema da memória depende de determinados hormônios e neurotransmissores que circulam em nosso organismo e que, com o stress, sofrem alterações: alguns são liberados em demasia, outros em quantidade menor ou são mal absorvidos.
Portanto, se você quiser fazer uma boa prova, relaxe. Faça um relaxamento, respiração diafragmática, ioga, ore, sei lá! O que estiver ao seu alcance para reduzir seus batimentos cardíacos e manter a homeostase, ou seja, o equilíbrio necessário para seu cérebro funcionar a contento. Assim você conseguirá evocar com mais facilidade o que você se empenhou tanto para aprender...

*As informações contidas nesta publicação não substituem a avaliação de um profissional da área da saúde mental.

09/09/2015

Como funciona Pensamento: 10 Estudos Brilhantes da Psicologia Cognitiva que todos deveriam conhecer:



Trago este artigo que julguei muito interessante e espero que gostem.

http://cdn-2.spring.org.uk/images/brain32.jpg
Artigo original: DR, Jeremy Dean. How Thinking Works: 10 Brilliant Cognitive Psychology Studies Everyone Should Know. PsyBlog. Disponível em: <http://cdn-2.spring.org.uk/images/brain32.jpg>  27 jan. 2014.

Cinquenta anos atrás, houve uma revolução na psicologia, que mudou a forma como pensamos sobre a mente.
A "revolução cognitiva" inspirou psicólogos a começar a pensar na mente humana como uma espécie de computador orgânico, e não como uma caixa preta impenetrável que nunca iria ser compreendida.
Esta metáfora tem motivado psicólogos a investigar o software central do  funcionamento diário, abrindo o caminho para insights sobre a forma como pensamos, raciocinamos, aprendemos, lembramos e produzimos linguagem.
Aqui estão 10 estudos de psicologia cognitiva clássicos que ajudaram a revelar como nosso cérebro funciona.



1. Como especialistas pensam
Sem especialistas da raça humana teria afundado. Mas qual a forma de pensar dos especialistas e que lhes permite conseguir avanços que todos nós podemos desfrutar?
A resposta está na forma como os especialistas pensam sobre os problemas, em comparação aos novatos.
Isso é o que Chi et al. (1981) encontraram quando compararam como os especialistas e novatos representavam problemas de física.
Os novatos tendem a ficar com os pensamentos presos nos detalhes da superfície do problema enquanto os peritos enxergam os princípios subjacentes que estavam operando no sistema apresentado.
Foi em parte este modo mais profundo, abstrato de abordar os problemas que fizeram os especialistas mais bem sucedidos em sua resolução.


2. A memória de curto prazo dura 15-30 segundos
A memória de curto prazo é muito mais curta do que muitos pensam.
Na verdade, dura cerca de 15-30 segundos.
Sabemos que por causa de um estudo clássico psicologia cognitiva realizada por Lloyd e Margaret Peterson (Peterson & Peterson, 1959).
Os participantes tiveram que tentar lembrar e recordar sequências de três letras, como FZX.
Quando testados, após 3 segundos eles conseguiam se lembrar de 80% deles, após 18 segundos, porém, eles só podiam se lembrar de 10%.
Assim é como a memória de curto prazo a curto prazo funciona.


3. Não é lógico
As pessoas acham lógica formal extremamente difícil de lidar, e isso é normal.
Aqui está um teste rápido para você, e não se surpreenda se o seu cérebro superaquecer:
"É mostrado um conjunto de quatro placas colocadas sobre uma mesa, cada um dos quais tem um número de um dos lados e um adesivo colorido sobre o outro lado. As faces visíveis dos cartões mostram 3, 8, vermelho e marrom. Qual placa (s) você deve virar a fim de testar a verdade da proposição que se um cartão mostra um número par em uma face, então a sua face oposta é vermelho? "
A resposta é que você tem que virar o '8' e o cartão marrom (para uma explicação digite  "tarefa de seleção de Wason" no Google - mesmo após apenas ouvi-lo, muitas pessoas talvez  possam não acreditar que esta é a resposta correta).
Se entendi direito, então você está em minoria (ou você já viu o teste antes!). Quando Wason realizou este experimento clássico, menos de 10% das pessoas entenderam direito (Wason, 1968).
Nossos cérebros não estão configurados para esse tipo de lógica formal.


4. O poder de enquadramento
A maneira como você enquadra um problema, argumento ou declaração pode ter enormes efeitos sobre a forma como as pessoas percebem.
Pense em uma situação de risco por um momento, o fato é que as pessoas não gostam de arriscar.
Eles não gostam de arriscar tanto que até mesmo o cheiro de negatividade é o suficiente para fazer as pessoas saírem correndo.
Isso é o que Kahneman e Tversky (1981) demonstraram quando eles pediram aos participantes para imaginar que 600 pessoas foram afetadas por uma doença mortal.
Houve, eles foram informados, um tratamento, mas é arriscado. Se você decidiu usar o tratamento, aqui estão as probabilidades:
"A chance é de 33% de salvar todas as 600 pessoas, 66% de possibilidade de ninguém se salvar."
Quando disse isso, 72% das pessoas pensaram que era uma boa aposta.
Mas, quando apresentou o problema desta forma:
"A chance é de que 33% das pessoas morrerem, 66% de probabilidade de que todos os 600 vão morrer."
... A escolha pelo tratamento caiu para 22%.
A beleza do estudo é que os resultados são idênticos, é apenas o enquadramento que é diferente.
A nossa maneira de pensar é fortemente influenciada pelas condições em que as questões são expressas.


5. A atenção é como um holofote
Na verdade, temos dois conjuntos de olhos e um set real e um virtual.
Temos os olhos reais que circulam em suas bases, mas também temos olhos 'virtuais' que procuram em torno do nosso campo de visão, escolhendo o que nós pagamos a atenção.
As pessoas estão usando seus olhos virtuais todo o tempo: por exemplo, quando eles vêem uns aos outros usando sua visão periférica.
Você não precisa olhar diretamente para um estranho atraente para saber que ele olhou para você, você pode olhar 'para com o canto de seu olho'.
Os psicólogos chamam isso de "centro de atenção” e estudos têm realmente medido seu movimento. Isto significa que podemos perceber as coisas em uma fração de segundo antes de nossos olhos terem a oportunidade de se reorientar.
→ Leia mais: http://www.spring.org.uk/2009/03/the-attentional-spotlight.php


6. O efeito coquetel
Não é apenas a visão que tem um tipo de holofote, nossa audição também é afinada.
É como quando você está em uma festa e você pode ajustar todas as vozes, exceto a pessoa com quem você está falando.
Ou, você pode sintonizar a pessoa que você está falando com você e escutar uma conversa mais interessante por trás.
Uma bela demonstração disso foi realizada na década de 1950 por Cherry (1953).
Ele constatou que a mesma pessoa poderia distinguir duas mensagens diferentes lidas ao mesmo tempo, pela mesma voz.
→ Leia mais: http://www.spring.org.uk/2009/03/the-cocktail-party-effect.php


7. Onde está o pato?
Se você pegar um pato de brinquedo e mostrá-lo para um bebê de 12 meses de idade, em seguida, colocar a mão sob uma almofada, deixe o pato lá e trazer sua mão para fora, a criança só irá olhar para sua mão, quase nunca debaixo da almofada .
Nesta idade as crianças se comportam como se as coisas que não podem ver nem sequer existissem.
Como o famoso psicólogo infantil Jean Piaget observou:
"O universo da criança ainda é apenas uma totalidade de imagens emergentes do nada no momento da ação, e retorna ao nada no momento em que a ação está terminada."
E, no entanto, apenas seis meses depois, uma criança normalmente olhará debaixo da almofada. Ele aprendeu que as coisas que estão escondidas da vista podem continuar a existir.
Este é apenas um entre muitos milagres no desenvolvimento da criança.


8. O efeito McGurk
O cérebro integra as informações de todos os nossos sentidos para produzir a nossa experiência.
Isto é brilhantemente revelado pelo efeito mcgurk (McGurk & MacDonald, 1976).
Assista o seguinte trecho de um documentário da BBC para ver o efeito na íntegra. Você não vai acreditar até ver e ouvir. A sensação é muito estranha*:


9. Implantar falsas memórias
As pessoas às vezes pensam que memórias estão lá guardadas, para depois serem usadas ou esquecidas, com pouca mudança entre os dois.
Na verdade, a realidade é muito mais complexa e, em alguns casos, alarmante.

Um dos estudos mais dramáticos que demonstraram memórias podem ser alteradas, ou até mesmo implantadas depois, foi realizada por Elizabeth Loftus.
Em seu estudo, uma memória de infância de ser perdido em um shopping center foi implantado com sucesso na mente de algumas pessoas, apesar de suas famílias confirmarem nunca ter tal fato ocorrido com eles.

Estudos posteriores constataram que 50% dos participantes poderiam ter uma memória falsa implantado com sucesso.

10. Por que os incompetentes não sabem que são incompetentes
Há todos os tipos de vieses cognitivos operando na mente.
O Efeito Dunning-Kruger, porém, explica por que as pessoas incompetentes não sabem que eles são incompetentes.
David Dunning e Justin Kruger encontraram em seus estudos indícios de que as mais incompetentes são os menos conscientes de sua própria incompetência.**

  

*Perceba como o som parece o mesmo que o representado pela movimentação da boca. No entanto o Prof Lawrence Rosenblun está falando SEMPRE “bababa”... Os sentidos funcionam independentemente do que o seu conhecimento te diz ser verdade. “O efeito mcgurk  nos mostra que o que ouvimos pode nem sempre é.

**Quanto menor a capacidade cognitiva menos os indivíduos aprendem com seus erros.